A obesidade é doença crônica e multifatorial em que fatores genéticos, metabólicos, sociais, psicológicos e ambientais estão envolvidos. Por isso, o paciente deve ser tratado por uma equipe multiprofissional: médico, nutricionista, psicólogo e educador físico.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP), mais de 500 milhões de pessoas no mundo são obesas e mais de 40 milhões de crianças com até cinco anos estão acima do peso. No Brasil, cerca de 60% dos brasileiros adultos estão com excesso de peso. O órgão afirma que as estatísticas estão em elevação e em todas as faixas etárias.
Esse número é assustador, visto que a obesidade desencadeia outras doenças que causam incapacidade funcional, redução da qualidade e expectativa de vida e aumento da mortalidade.
Algumas doenças associadas à obesidade são: osteoartrite, câncer, diabetes mellitus, doença renal crônica, apneia do sono, doença hepática gordurosa não alcóolica, hipertensão arterial e doença cardiovascular.
Quando uma pessoa é considerada obesa?
A obesidade é o depósito de excesso de gordura no organismo, que prejudica a saúde. Um dos parâmetros para essa definição é o Índice de Massa Corpórea (IMC). Se a pessoa tiver o IMC acima de 30, é considerada obesa; entre 25 e 29,9 está com sobrepeso.
A American Medical Association classificou obesidade como doença em 2013. Outras entidades médicas, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), também reconheceram que a obesidade é um problema crônico, que necessita de tratamento específico e de longo prazo.
Fatores determinantes para a obesidade
Vários fatores são determinantes para a obesidade. Além da genética, alimentação e sedentarismo são alguns desses fatores. Com a vida acelerada e muitos afazeres, as pessoas passaram a comer mais produtos industrializados e a ficarem mais estressadas, com isso, favorecendo o ganho de peso.
De acordo com a SBEM-SP, as pesquisas mostram que a obesidade vai além de comer muito e gastar pouca caloria. A poluição e bactérias presentes no intestino também são fatores que contribuem para o surgimento da doença. Por isso, a saúde intestinal é tão importante.
Obesidade tem tratamento
O tratamento deve ser feito por uma equipe de multiprofissionais, como dito no início deste texto. É preciso que médico, nutricionista, educador físico e psicólogo trabalhem em conjunto para que o tratamento seja efetivo.
Uma alimentação saudável e menos calórica é fundamental para a perda de peso, mas a atividade física (sobretudo se a pessoa é sedentária) é uma grande aliada para o emagrecimento saudável e duradouro.
Além disso, cada caso é analisado individualmente pelo nutrólogo ou endocrinologista e medicações podem ser necessárias para o sucesso do tratamento. Em casos mais graves, pode ser necessário cirurgia.
A obesidade é uma doença grave e deve assim ser vista. Como sempre digo: não existe pessoa obesa saudável. A obesidade já mostra que o organismo está inflamado. Portanto, a perda de peso não é por estética, é por saúde e melhor qualidade de vida.