Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passam por um processo de industrialização tão grande, que deixam de ser considerados alimentos. Embutidos, biscoitos e enlatados são alguns exemplos. Com o aumento do preço dos alimentos nos mercados, muitas pessoas têm aumentado o consumo desses alimentos, que são mais baratos, mas pouco nutritivos. Você sabe o perigo por trás dos ultraprocessados?
Riscos de doenças aumentam consideravelmente
O aumento do consumo dos ultraprocessados aumentou bastante durante a pandemia, por conta da diminuição do poder aquisitivo de muitas famílias e do aumento da inflação, que tornou os produtos mais caros nas prateleiras dos mercados. Vários estudos têm sido feitos (mesmo antes da pandemia) e os resultados são preocupantes, pois nota-se que os riscos de doenças aumentam consideravelmente.
Se 20% da alimentação da pessoa for de ultraprocessados, aumenta-se as chances de ela desenvolver doenças, como obesidade, declínio cognitivo (inclusive Alzheimer), infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e câncer (sobretudo intestinal). Por isso, meu alerta é: procure consumir alimentos saudáveis, comida de verdade, desembale menos e descasque mais, pois o barato de hoje pode sair mais caro no futuro.
Produtos do dia a dia aumentam de preço
Nos últimos 12 meses as frutas tiveram um aumento de cerca de 35%, enquanto legumes e verduras ficaram aproximadamente 50% mais caros somente em 2022, alterando os hábitos alimentares de muitos brasileiros.
O Horus Inteligência de Mercado fez um levantamento que mostra que o consumo de feijão caiu 30% e o de verduras 21,5%. Enquanto isso, o aumento do consumo de biscoitos cresceu 8,4%.
Tentando economizar, uma das estratégias utilizadas pelas pessoas é optar por alimentos mais baratos, de alto teor calórico e baixo potencial nutritivo, ou seja, os ultraprocessados, que comprometem a saúde, conforme dito acima, e aumenta os riscos de a pessoa desenvolver várias doenças graves.
Alimentação saudável e barata: saiba fazer as escolhas certas
Mesmo com o aumento dos preços nos mercados, é possível ter uma alimentação saudável sem gastar muito. O segredo é saber fazer as escolhas certas, por isso, trago algumas dicas para você acertar na alimentação saudável e barata.
- A proteína é essencial para o nosso organismo, mas o preço da carne está cada vez mais caro. Opte por carnes de frango e porco que são mais baratas e muito nutritivas. Outra opção é o ovo.
- Escolha frutas, verduras e legumes da estação. Antes de ir ao mercado ou à feira, consulte quais os alimentos da estação e dê preferência a eles. Serão mais baratos e saborosos.
- Prefira usar temperos naturais na preparação das refeições. Abuse da cebola, alho, cebolinha, salsinha, alho poró, entre tantos outros temperos deliciosos. Nada de comprar temperos prontos no mercado, que são cheios de conservantes e aditivos químicos. Fora que o sabor da comida com temperinho natural é muito mais gostoso.
É importante frisar que, muitos produtos ditos saudáveis, na verdade não são. Se você for comprar produtos industrializados, sempre leia os rótulos. Lista de ingredientes com muitos itens, mostra que o produto não é uma boa opção. Se os nomes forem estranhos, pode ter certeza de que são melhoradores, aditivos, conservantes etc. A indústria alimentícia usa desses artifícios para prolongar validade, deixar o sabor melhor e te dar a falsa ilusão de que é fresquinho. Não caia nessa cilada. Alimento bom é alimento fresco. Comida boa é comida de verdade.